sábado, 31 de dezembro de 2011

Partidas

Não podia passar sem escrever a última. Nem que seja para agradecer todo o ocorrido do ano. Não que tenha sido fácil. Mas foi de grande aprendizado. Descobertas. Que disso também é feita a vida. Tomei tombos como há muito não acontecia. Levantei. Como sempre. Amor, amigos, resgates.
Uma folha branca pode ser um desafio. Pode ser também a chance de escrever algo novo. Esse foi o ano de escrever algo novo e diferente. Bem diferente. Seja pela maturidade, circunstância, necessidade, ou pela simples vontade de ver acontecer.
Aconteceu. Acontecendo. O pedido do guardanapo que se realiza. A realidade tão boa que parece sonho. Acontecendo diante dos meus olhos. Obrigada 2011. Vá feliz e completo. Cumpriu seu destino. Abra espaço para um 2012 pleno.
Sobretudo gratidão.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Então...

Então, meu caro, que a vida nos surpreende com uma força incrível. Fato é que começamos este caso como quem não quer nada, interessados tão somente no possível prazer proporcionado pelos encontros furtivos. Dizem que a vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando coisas. E num é que é mesmo? Enquanto marcávamos de nos ver, a vida ia tecendo, silenciosa, seu próprio caminho. As conversas eram pano de fundo de noites agradáveis e bem aproveitadas, deixando entrever o outro que se sentava diante de nós. Outro que se revelava interessante, interessado, alguém que partilhava histórias e vidas antigas, dividia risadas, o copo, a cama. Não um caso de imagem e semelhança, que dessa coisa de iguais, parecidíssimos, não existia. Havia sim uma afinidade grande, se encontravam similares naquele tanto de diferenças que carregavam em suas criações e visões de mundo.
Mas a vida também seguia tramando, e um ia partir. A história, que se iniciara, talvez não tenha fim. Ou era esse o fim? O que fica chora, lamenta a falta de sorte, porque tem que ser assim? Quem vai, volta? E a permanência das coisas? Nada tinha resposta agora, e viver ficaria dolorido, aquele contar interminável de horas e dias e semanas, carregando a sensação de que o mundo está parado, nada acontece. Aconteceria?
Pensava: se soubesse que o outro partiria, mudaria a história? Descobriu que sim: se pudesse voltar atrás, faria tudo de novo, mas anteciparia tudo para a 1ª vez em que se viram.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Findo

Deixando pra tras
Pedaços da antiga casca
Dando lugar
Ao novo que há
Despojos
E nada mais é de antes
É um outro
Esse
Melhor, melhor, melhor

domingo, 1 de maio de 2011

Asada

Subir, subir, subir
Do alto é que se pode cair e machucar
E é também dali que se pode voar sonhar
Esse é o caminho escolhido, mesmo que tantos tentem nos cortar as asas
E o não é para todos os conformados de pensamentos e atitudes
Posto que viver não é de mediocridade.

domingo, 28 de novembro de 2010

Anteparo

Num dia triste
Foram eles que ampararam
A queda que quase
Me aconteceria
Eles me salvam de mim mesma
Por isso agradeço

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Frio de um dia triste
Sem a espera, a companhia
A dúvida que persiste
Acabar-se-á?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mergulhando


Vinte dias de férias. Sonho para quem trabalhou 17 meses sem nem lembrar dos dias de ócio. Some-se a isso uma nova pós-graduação e muita responsabilidade, e terá uma pessoa prontinha para ficar livre, livre. Vinte dias eram nada diante do cansaço acumulado.

Como sempre, estudei nosso destino antes. Três guias diferentes, consultas na internet, leituras mil. Chile era o escolhido, por sugestão do querido, que achou por bem não repetir o passeio portenho, queria conhecer novos ares. Ta bom que sofreram há pouco tempo com o terremoto, mas o medo ficou sufocado lá no fundo. Passagens marcadas. Faltava o hotel. Esse ficou pra frente. Mas tinha que acontecer: quinze dias depois, fomos para web pesquisar as opções. Coincidência ou não, surgiram notícias de novos tremores na imprensa do Brasil. O medo, lá do fundo, berrou de novo. Por segundos, quis desistir e cheguei a comprar tickets para Bs As. Resolvi usar o orkut para o bem, e em nova pesquisa, achei um chileno que já havia vivido no Brasil, em BH, e ele me tranqüilizou, o Pablo, planos chilenos retomados.

Partimos na madrugada do dia 12, cansados, sem dormir por conta da expectativa da viagem. Lá no fundo, eu pensava que dez dias seria muito em Santiago, acreditava que não teríamos o que fazer na cidade, e para viajar ao sul ou norte o tempo seria curto. Que coisa!

Por lá pintamos por volta de 12h de um dia lindo, ainda azul e nem tão frio assim. Comemos um fast food mesmo, na seqüência tentamos uma volta pela Providencia, nosso novo endereço, logo desistimos quando vimos o cansaço que fazia as pernas cambalearam. Cochilo no hotel.

Partimos no dia seguinte para uma exploração da cidade e arredores, o que nos rendeu momentos incríveis: museus, banquinhos de praça, vistas monumentais, esculturas, espaços verdes, artesanato lindo, em espaços ainda mais legais, neve pela primeira vez, a gentileza de Mario, no Mercado de peixe, a atenção de Pablo, que acabou como nosso anfitrião e guia por três dias, brindando-nos com um por do sol regado a vinho e petiscos chilenos, super especial. A Cordilheira dos Andes espetacular, vista de quase qualquer canto da cidade, nos surpreendia a todo momento. Um capítulo à parte foi a comida: caranguejo gigante, frutos do mar inimagináveis, pepino dulce e sabores diferentes, deliciosos, uma algazarra de estímulos para o paladar e o prazer. E muitos outros momentos (fizemos até amigos brasileiros, mineiros também! valeu a companhia, L e A) que serão guardados com carinho, especialmente porque divididos com o querido. Fica, sobretudo, a marca da educação e cortesia do chileno, isso os diferencia do resto do mundo. Me pego pensando se um dia chegaremos lá. O “banzo” é o preço que pagamos por essa experiência tão bacana, que deixou um gosto de quero mais. Na fonte, que não era de Trevi, mas era tão especial quanto, fiz um pedido. Aguarde Chile, um dia vamos voltar.


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