quinta-feira, 26 de junho de 2008

De sonhos, luas, estrelas

Dessas vontades que vêm sem hora nem aviso...
Apareceu no meio de um cochilo, inesperado em uma tarde de fim de férias (nunca dormia à tarde, seu sono era mesmo noturno), e começou com uma borboleta que voava...
Daí, a idéia queria se materializar, parecia que tinham até vontade própria, as danadas das palavras. Nem sobre o que se falar parecia muito claro, mas era preciso pôr para fora. Pensou em dizer da lua, dessa que adorava, e perdia horas observando (principalmente as cheias, lindas e azuis), aí lembrou da idéia de escrever sobre as estrelas.
Lembrou ter visto, na última semana, ao menos cinco caindo. A mais bonita, a primeira, vista em uma dessas fazendas antigas, onde a luz artificial e pouca deixava ver o imenso clarão da estrela riscando o céu. Deu um grito de alegria, viu que só ela tinha visto, ninguém mais prestava atenção no céu?? Que tempos esses... Noite especial aquela, com lua azul e estrela cadente.
E pensava: quantos pedidos se podia fazer ali? São três por estrela? Não lembrava. Mas seguia pedindo, e começou a pensar: eram as estrelas, que em plena queda, atendiam realmente os desejos e vontades dos pobres bichinhos da Terra, ou a força gigante e desconhecida do pensamento desses bichinhos era a força realizadora dos desejos mais (in) possíveis?
Na dúvida, continuava buscando o céu, e vendo as estrelas e pedindo seus pedidos, mas realista, seguia também fazendo o que lhe cabia para realizar seus sonhos, desejos e vontades. E pensou como sempre achava linda a ilusão de uma estrela, que mesmo caindo, realizava sonhos. E ainda que nada se realizasse, havia quase sempre uma lua para contemplar.

TSM, 26.06.08

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei muito da expressão (in) possíveis.
Parabéns pelo seu blog.

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