sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Refúgio

Eu quero ir prá roça
Andar pela estrada de terra,
Ver as vacas recém-ordenhadas,
Ver carro de boi, fogão a lenha,
Comer milho assado na brasa.

Quero meus primos todos juntos
Contando causo de lobisomem
Aparição e alma penada,
História pra criança assustar.
Quero meu vô e minha vó
Luz de lamparina, querosene.
Cobra verde espantada.
Do quarto de dormir.

Quero coalhada feita
De leite deixado a azedar,
Manteiga batida na hora,
Quero o rio pra nadar,
O rio que serve também
Para lavar a vasilha
E restos de arroz são para “pescar”.
A menina com a bacia na cabeça,
A cacimba cheia de piaba,
O sol brilhando no raso do rio,
Eu quero voltar pra lá.

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