"Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade de alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou." (Adélia Prado)
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
sábado, 18 de outubro de 2008
Post it
Porque o dia passa rápido, quando temos muito que fazer. Porque ele também passa devagar, quando temos pés e mãos atados. Porque tem a falta de paciência, somos humanos, porque tem a TPM, somos mulheres. Porque existe o tédio, a depressão, alegria e tristezas inesgotáveis. Porque tem a imperfeição, sempre. E por tudo que existe, tem também o perfeito. O perfeito do sentir. Porque acontece, e às vezes eu sou cega para a presença ao meu lado, eu que tanto quis. E por tudo isso, para que eu nunca esqueça o que sinto por você.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Lógica
Então que hoje
Deixei a casa
Toda brilhando
Como um brinco
E feliz, fui
Inventei de cozinhar
Uma torta,
Isso mesmo,
Assim mais ou menos
Foi o que me saiu.
Nem tudo
Sai como eu quero.
Deixei a casa
Toda brilhando
Como um brinco
E feliz, fui
Inventei de cozinhar
Uma torta,
Isso mesmo,
Assim mais ou menos
Foi o que me saiu.
Nem tudo
Sai como eu quero.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
(Re) Fluxo
Não sei... O papel me olha, em branco, e não sei o que dizer. Há uma enxurrada de pensamentos querendo sair, um fluxo incontrolável, pensamentos que se atropelam. Estou no caminho que escolhi, e sei que assim: renúncias várias. Aceito a condição. Mas dói... Dói como há muito não doía, como não doía nem mesmo quando deixava uma vida para trás, dói fundo e lágrimas nas quais nem acreditava mais, muitas, dói que nem sei se posso mais olhar para você, dói e nem mesmo sei por que, pois não há nada a que me apegar. E, no entanto, dói... Mas doer assim agora me lembra: passa. Passa e um dia nem me lembrarei que chorei por minhas escolhas, não sei nem mesmo se lembrarei de você. E estarei novamente feliz e novamente chorando pelas escolhas que virão.
Outras luzes, outros dias. Noites iluminadas, brilhantes, escuras, dias frios, úmidos, quentes, vibrantes, encantadores e desenganadores. Certo, em meio a tantas possibilidades, é somente a idéia de que sobreviverei. Seja qual for a tempestade, sobreviverei. Porque tristeza e alegria dão fibra, fazem rijos os mais fracos e testam a alma de quem os experimenta. A medida de minha dor me dá a imensidão da minha capacidade de ser feliz. Então sigo, mas humana que sou, peço um pouquinho a mão de Deus na minha, para sentir que não estou inteiramente só.
Outras luzes, outros dias. Noites iluminadas, brilhantes, escuras, dias frios, úmidos, quentes, vibrantes, encantadores e desenganadores. Certo, em meio a tantas possibilidades, é somente a idéia de que sobreviverei. Seja qual for a tempestade, sobreviverei. Porque tristeza e alegria dão fibra, fazem rijos os mais fracos e testam a alma de quem os experimenta. A medida de minha dor me dá a imensidão da minha capacidade de ser feliz. Então sigo, mas humana que sou, peço um pouquinho a mão de Deus na minha, para sentir que não estou inteiramente só.
08.01.2006
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Possível
Caminhava por onde já se conhecia, uma tarde abafada, calorenta, uma chuva necessária se anunciava... em vão. Lembrou que há muito não via os mensageiros, vai que não tinham notícias. Já haviam anunciado? Sua capacidade de surpreender (se) não se esgotava, e observou admirada, num relance, as flores lilases bonitas que dava a árvore, mesmo podada, quase morta. Na impossibilidade de um registro fotográfico, tratou de fixar a imagem no cérebro, o bonito lilás, profuso. O caminho tinha árvores outras, e ainda surpresa, viu: flores amarelas, e pequenas, em plena morte, caídas, no chão. Ainda ali, podia-se ver a beleza delas, possível ainda na agonia. Faziam-se tapete, pequenos pontos dourados, todos juntos, cobrindo o frio feio do asfalto. Podia ter poesia, o concreto. Aquele nem era o caminho mais bonito, entretanto guardava surpresas como essas. Assim era: escolhera, sem saber ao certo, um destino, e o cumpria com a convicção de que era a sua construção possível.
sábado, 4 de outubro de 2008
Bonito
Acho bonito quando ele chega, com uma sacola na mão, cheia de frutinhas colhidas no quintal de casa. Faz graça, esconde, porque eu, curiosa, mal o cumprimento e fico olhando para a sacolinha, querendo saber se é pra mim. São pra mim, e hoje comi um monte de amora fresca: um monte de uma vez, tem mais gosto assim, ele me ensina. Acho que vi em algum lugar que russos adoçam seu chá com framboesa ou amora, sei lá. Achei poético. Foi Clarice quem disse que achar bonito é um jeito indireto de entender? Ainda tenho algumas poucas amoras, acerolas, pitangas. Tudo é um jeito de dar mais sabor à vida. Acho bonito demais.
Foto por Alexandre, que as faz e me traz para mostrar coisas bonitas
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Grandes expectativas – 2
Ops! Menos de uma semana para o meu aniversário. E ainda acho graça em comemorar, adoro!!! Cantar parabéns, vela, bater palmas, e viva eu. Me sinto criança. A verdade é que nada muda de um dia para o outro, a cabeça e o corpo se alteram mesmo é com o passar de cada dia, mas assim como no ano novo, fazer aniversário deixa a sensação de que um novo tempo se inaugura, mesmo que só na cabeça de cada um. E é também o fim do inferno astral, que não sei se existe mesmo, mas na dúvida...
Aproveito para renovar minha confiança e otimismo, a fé em mim e nos outros, e continuo crendo que os dias serão melhores, mesmo com alguns surtos a que estamos sujeitos no percurso. Continuo sujeita às crises, ataques de pessimismo, tristeza, etc, mas uma olhada no retrovisor me faz ver que aprendi muitas coisas boas no último ano... Balzaquiana! Ah, se eu soubesse que era bom assim...
*Foto do aniversário de 2006
Aproveito para renovar minha confiança e otimismo, a fé em mim e nos outros, e continuo crendo que os dias serão melhores, mesmo com alguns surtos a que estamos sujeitos no percurso. Continuo sujeita às crises, ataques de pessimismo, tristeza, etc, mas uma olhada no retrovisor me faz ver que aprendi muitas coisas boas no último ano... Balzaquiana! Ah, se eu soubesse que era bom assim...
*Foto do aniversário de 2006
Grandes expectativas
Desconectar... Resistindo à tentação de adentrar a madrugada navegando, desliguei o computador. A TV muda. Celular, off também. E pensei em tirar da tomada o sobrevivente, o fixo. Tantas acessos, eu que não quero agora ser encontrada. Pelo menos durante algumas horas, o sossego de não ser chamada para nada, por ninguém. Eu cortei todas as possibilidades. Pelo menos por um tempo, tenho a certeza de que N A D A vai acontecer. Não esperar nada, expectativa nenhuma, livre... esperar é que gera desilusão? Música pode, e só isso me lembra que o mundo/tempo lá fora ainda (r)existe.
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Saco
Já teve um dia de merda? Claro, ninguém passa ileso... Mas tanta frustração que você se pega imaginando o que falta acontecer. Melhor nem pensar, vai que acontece, visto que ainda falta muito para a meia-noite. Queria escrever, sem saco,,,
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