quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Randômico


No princípio,
Gosto comum
Afinidades assim
Estreitavam laços,
Sentiam-se quase um,
Recompensa pelos sós
Tanto tempo antes.
Então divergências,
Nada de mais,
Uma cor que ao outro
Não agradava tanto.

E daí?
Agora sei que de você
Quero mais que afinidades.
Diferenças fascinam,
O novo me inquieta,
Só olhos curiosos
Mantêm mentes abertas.
E sim, arestas me interessam.

4 comentários:

Max disse...

Bravo!, Tati! Arestas, sim - João Cabral dizia que escrevia com pedras que era pra espantar o sono... evitar o deslizar fluvial, sonolizante (palavra nova!), e atrair a atenção, o foco. Bunita, a poesia.

Tati disse...

Obrigada Max! Arestas sempre, para espantara monotonia

Serpentina EsKarlate disse...

Quisera a maioria tivesse força para acolher as arestas...
Esta poesia começa ingênua, clichê e tira nosso lugar cômodo depois. Genial!

Tati disse...

obrigada

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